O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) manifesta seu total apoio e solidariedade à greve dos professores da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), deflagrada na última segunda-feira (29/04) em razão das dificuldades enfrentadas nas negociações com o governo de Romeu Zema (NOVO). A paralisação foi iniciada hoje (02/05) e foi deliberada por mais de 90% dos presentes. Uma nova assembleia acontecerá no dia 8 de maio.
É preocupante observar a falta de diálogo e a ausência de respostas concretas por parte do governo diante das legítimas reivindicações dos docentes da UEMG. As questões levantadas, como a defasagem salarial, a necessidade de novos concursos, a falta de autonomia universitária e o contingenciamento de 10% no orçamento da universidade, não podem ser ignoradas, pois afetam diretamente não apenas os professores, mas toda a comunidade acadêmica e o desenvolvimento do ensino superior em Minas Gerais.
A postura de Zema com os trabalhadores da UEMG é mais um capitulo de sua postura intransigente com todo o funcionalismo público do estado. No dia 30 de abril, houve manifestação unificada da Polícia Militar, civil, penal e dos bombeiros reivindicando reajuste salarial. No dia 8 de maio, haverá uma paralisação unificada de todos os servidores públicos.
Entendemos que a valorização dos professores e a garantia de condições adequadas de trabalho são fundamentais para a qualidade da educação e para o fortalecimento das instituições de ensino. O sucateamento das universidades públicas, promovido por medidas como cortes orçamentários e a não realização de concursos públicos, compromete seriamente o futuro da educação no estado. Foram mais de 100 milhões de cortes na universidade.
Diante disso, o Sind-REDE/BH se solidariza com a luta dos professores da UEMG e se une a eles na exigência por uma resposta imediata e satisfatória por parte do governo estadual. É fundamental que se estabeleça um diálogo transparente e construtivo, visando atender às demandas legítimas da categoria e garantir o pleno funcionamento das atividades acadêmicas.
Reiteramos nosso apoio irrestrito aos trabalhadores da UEMG e nos colocamos à disposição para colaborar no que for necessário para a conquista de seus direitos e para a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade em Minas Gerais.