Sind-REDE/BH se reúne com MTE para debater combate ao assédio moral na MGS

Sindicato e Ministério buscam medidas para responsabilizar a empresa pelos problemas apresentados pelos trabalhadores

O Sind-REDE/BH está intensificando suas ações contra o assédio moral sofrido pelos trabalhadores terceirizados da MGS na Rede Municipal de Educação. A articulação envolve o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a Câmara Municipal de Belo Horizonte e a Câmara dos Deputados, destacando a união de forças em prol dos direitos dos trabalhadores.

No dia 23 de julho, representantes da diretoria do Sind-REDE/BH se reuniram com a auditora fiscal Maria Antônia no MTE para discutir o assédio moral enfrentado pelos funcionários da MGS nas escolas. Durante o encontro, a auditora se comprometeu a colaborar com o Sindicato na articulação das denúncias, visando responsabilizar a MGS e exigir respostas para os problemas levantados.

A MGS tem sido acusada de manter condições inadequadas de trabalho e de incentivar comportamentos assediadores por parte de seus supervisores, que acabam criando um ciclo de perseguição que adoece os trabalhadores.

Uma nova reunião de negociação está marcada para o dia 13 de agosto, às 10h, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais. Participaram dessa reunião a MGS e os sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa (Sind-REDE, SINDEESS, SINDEAC e ASSPEMGS) para tratar das condições de trabalho dos funcionários. A colaboração entre o Sindicato e o MTE visa garantir que essa reunião traga soluções para os trabalhadores adoecidos pelo assédio.

Audiência pública na ALMG

A reunião com o MTE foi um desdobramento da Audiência Pública realizada na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da ALMG. A audiência foi fruto da articulação do Sind-REDE/BH com o deputado estadual Betão (PT), presidente da Comissão.

Durante a audiência, foram relatados casos graves de trabalhadores sendo chamados de “burros” e “mentirosos”, sofrendo perseguições, transferências indevidas, jornadas excessivas de trabalho e recebendo salários inferiores à média da empresa para a mesma função em outros setores. Na ocasião, o Sind-REDE denunciou que o aumento do assédio moral na Rede Municipal também é uma consequência direta da reforma trabalhista, que permitiu um aumento desenfreado da terceirização em todos os setores.

A PBH não participou da audiência, o que foi criticado pelos participantes, pois demonstra descaso com a pauta. Ao final, a Comissão do Trabalho da ALMG, o MTE e a Câmara Federal, através do mandato do deputado Rogério Correia (PT), se comprometeram a acompanhar de perto a situação dos mais de 6 mil trabalhadores terceirizados da MGS na educação municipal.