Organizar a Greve Geral dos servidores públicos para barrar a PEC 32

A luta das servidoras e servidores públicos das esferas municipal, estadual e federal, ganhou um “esquenta” para a Greve Geral do setor público no próximo dia 18.

Nesta terça-feira (3) aconteceu um ato em Brasília contra a Reforma Administrativa (PEC 32). Entidades que compõem o Fórum dos Servidores Públicos das Centrais Sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, enviaram suas delegações à capital e realizaram uma manifestação que seguiu pela Esplanada dos Ministérios com destino ao Congresso Nacional.

No Congresso Nacional, por volta das 15h, ocorreu um ato político em que as lideranças das entidades de classe e parlamentares contrários à PEC 32 denunciaram os ataques contidos na proposta. O desmonte e a privatização dos serviços públicos, bem como o fim da estabilidade para os servidores estiveram na pauta.

Ao final da manifestação foi protocolado na Câmara dos Deputados o Manifesto do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público. O documento foi elaborado a partir das discussões realizadas pelo evento, nos dias 29 e 30 de julho, e contém os principais motivos pelos quais a PEC 32 não deve ser aprovada pela casa.

De acordo com integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela, o setor está vivendo um momento histórico da classe trabalhadora brasileira. “É a primeira vez que unificamos a luta do funcionalismo nesta dimensão. São as três esferas do setor para enfrentar a destruição dos serviços públicos no Brasil, essa unidade precisa garantir a grandeza necessária para derrotar a reforma administrativa”, salienta.

A categoria, nas três esferas, vem organizando a greve geral em cada cidade e estado por meio de reuniões, plenárias e ampla divulgação da mobilização.

Barela reforça  que para o tamanho do ataque as Centrais Sindicais e a campanha Fora Bolsonaro cumprem um papel fundamental nesta mobilização. “A incorporação do dia 18 pelas Centrais Sindicais e pela Campanha Fora Bolsonaro é vital, precisamos de uma grande greve geral do funcionalismo, fortalecida por um dia de lutas e paralisações nacionais”, defende.

A CSP-Conlutas defendeu no Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público que fosse convocada uma greve geral na data.

O próximo passo: Preparar dia 18

A ampla campanha nacional Fora Bolsonaro aprovou um dia nacional de mobilização para o próximo dia 18. “Por isso, voltaremos às ruas no dia 18 de agosto, juntamente com os servidores públicos de todo o país, para dialogar com a população e chamar atenção para responsabilidade de Jair Bolsonaro pela destruição de serviços públicos, privatização de estatais essenciais e lucrativas e pelo desemprego, aumento geral dos preços e da fome”, divulgou a nota.

As Centrais Sindicais se reuniram essa semana e também aprovaram um Dia Nacional de Lutas em 18 de agosto contra a reforma da Previdência, as privatizações, o desemprego e a fome no país entre outras bandeiras.

A CSP-Conlutas centrará todos os seus esforços para que haja um grande dia nacional de de lutas e paralisações no dia 18 de agosto que também cumpra o papel de apoiar a luta do funcionalismo. Além da ativa participação da greve dos servidores, a Central promoverá assembleias, panfletagens, protestos e paralisações no dia 18 em diversas categorias levantando alto a bandeira por fora Bolsonaro e Mourão, já.


Matéria originalmente publicada no site da CSP-Conlutas