As trabalhadoras aposentadas da Rede Municipal de Educação realizaram um ato em frente à prefeitura, nesta quarta-feira (25/05) para cobrar a resposta do prefeito Fuad Noman (PSD) em relação a pauta dos aposentados, que reivindicam o cumprimento da lei da paridade, com reajustes iguais aos trabalhadores da ativa.
A manifestação, chamada de Dia R (por se referir à RESPOSTA do prefeito), acontece 20 dias depois do primeiro ato por justiça salarial dos aposentados, quando mais de 400 requerimentos foram protocolados na prefeitura exigindo que a lei da paridade seja cumprida. Os aposentados que chegaram à porta da prefeitura às 10h da manhã, permanecerão mobilizados até às 16h.
Cartazes e faixas foram colados no prédio da prefeitura pedindo respeito às trabalhadoras que dedicaram décadas de suas vidas à educação municipal. As participantes alegam que aposentados e idosos são os que mais têm sofrido com a crise econômica e a inflação, pois têm que dedicar boa parte de seus salários para alimentação, remédios e custos gerais com saúde. Por isso, afirmam que a manobra realizada por Kalil e Fuad, para deixar as aposentadas de fora do reajuste dos trabalhadores da ativa é cruel e insensível.
O ato contou com a presença dos movimentos linhas do horizonte e pontos de luta, que produziram bordados com as palavras de ordem dos aposentados. Enquanto recolhiam assinatura para o abaixo assinado, os participantes também realizaram doação de cobertores e agasalhos para a população mais necessitada.
Entenda a paridade
A paridade representa que os aposentados recebam os mesmos reajustes e demais ganhos financeiros dos trabalhadores da ativa. A saída encontrada pela prefeitura para cumprir a lei do piso, mas economizar no montante direcionado a pagar os trabalhadores em educação foi aplicar conceder a progressão automática de dois níveis dos trabalhadores da ativa. Dessa forma, a prefeitura “burla” a lei da paridade, pois as aposentadas não progridem na carreira.
Em consequência disso, as aposentadas com paridade receberam um reajuste cerca de 10% menor que os trabalhadores da ativa, o que gerou um aumento na defasagem salarial dos inativos, comprometendo suas condições de vida.
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