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O Dia da Consciência Negra é celebrado todo 20 de novembro, em homenagem a data em que morreu Zumbi dos Palmares, que liderou uma das mais importantes resistências contra a escravidão no Brasil. A data foi oficializada em 2011 em contraposição ao dia 13 de maio (Lei Áurea), como reivindicação do movimento negro por uma inversão da narrativa, com o objetivo de mostrar que os verdadeiros responsáveis pelo fim da escravidão no Brasil foram os próprios negros, que sofreram e lutaram contra essa violação.
Nesta segunda-feira (20/11), no Dia da Consciência Negra, cerca de 500 trabalhadores em educação em Greve há 14 dias, fizeram manifestação às 9h hoje na porta da Prefeitura de Belo Horizonte. Entre as pautas da categoria estão a revogação do Decreto 17.200/19 e da proposta de Projeto de Lei que muda o Estatuto do Servidor e a apresentação do índice de reajuste da categoria. Os trabalhadores presentes frisaram que em 3 anos os funcionários da educação tiveram menos de 5% de recomposição salarial, índices muito inferiores do que a própria inflação.
Os trabalhadores também denunciaram sobre o corte de quase 20% do quadro da dos trabalhadores da faxina, a redução drástica dos recursos de manutenção das escolas e a utilização de verbas de custeio para pagamento de verbas rescisórias. Além disso, os trabalhadores solicitam esclarecimentos sobre os contratos fechados entre a PBH e organizações dirigidas por vereadores para atuarem na Escola Integrada. O uso político de obras públicas da educação para fazer campanha e o loteamento político das escolas em troca de apoio político na Câmara é imoral.
Além das pautas da campanha salarial, o ato foi marcado por momentos de valorização da cultura negra e dos séculos de luta contra o racismo, que até hoje perdura no Brasil. Confira as fotos: