As manifestações da Greve Geral convocada pelas Centrais Sindicais levaram cerca de 300 mil manifestantes para o Centro de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (14/06). O número de manifestantes surpreendeu por superar até as manifestações dos dias 15 e 30 de maio na capital mineira.
A lentidão no transito foi tão grande no centro da capital que fez até a Assembleia do Sind-REDE ser adiada. Inicialmente começaria às 9h da manhã, mas foi prorrogada para às 10h30, para que os trabalhadores conseguissem chegar ao centro. Isso porque os protestos não se resumiram à manifestação no centro da capital, além da paralisação de 100% das atividades dos metroviários, manifestantes de sindicatos e movimentos sociais realizaram trancaços em rodovias e avenidas próximas à estações de ônibus desde a madrugada desta sexta-feira.
O ato unificado teve sua concentração na Praça Afonso Arinos às 11 horas da manhã, quando os movimentos sociais e sindicais se unificaram com os estudantes e demais trabalhadores para marchar em direção à Praça da Estação. Onde o ato se encerrou por volta das 14h.
Reivindicações
A paralisação convocada pelas Centrais Sindicais teve como pauta central a Reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes. Mas também reuniu as diversas bandeiras, se destacando a defesa da Educação, por mais saúde e emprego. Os trabalhadores da Rede também levaram a sua pauta contra os cortes na Educação Municipal.
Assembleia da Rede
Apesar da dificuldade no trânsito, provocado pela greve dos metroviários e os trancaços em diversas estações de ônibus, cerca de 1000 trabalhadores da Rede participaram da Assembleia na Praça Afonso Arinos.
Os trabalhadores votaram pela continuidade da participação nos atos nacionais e para pressionar as Centrais e movimentos a já convocarem as próximas manifestações. Também se manifestaram contra as propostas de “reformar a reforma da Previdência. “O que eles querem com essa chantagem aos governadores, de retirar os servidores do Estado e do município da reforma, não é uma concessão para o movimento, mas uma tentativa de dividir pra conquistar! Precisamos permanecer unidos até derrotar qualquer reforma que retire direitos”, afirmou a representante do Sind-Rede.
Também foi encaminhada uma nota de repúdio contra a prisão do representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil “Marreta”. O sindicalista foi preso e o carro de som apreendido por se manifestarem contra o governo Bolsonaro. “Contra a truculência da polícia e pela soltura imediata do diretor do sindicato Marreta”.
Devido ao atraso da prefeitura em apresentar o índice de reajuste, as questões relativas à campanha salarial serão remetidas à próxima Plenária de Representantes.
Confira Fotos e vídeos da Manifestação