Assembleia recusa chantagem da Prefeitura e vota pela manutenção da greve

Apesar da proposta de recuo sobre Decreto da Carreira e PL do Estatuto, nenhum índice de reajuste foi apresentado

Os trabalhadores da Rede Municipal de Educação aprovaram a continuidade da greve, deflagrada no dia 6 de novembro, em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira (14/11), na Escola Municipal Marconi. Mais de 1500 trabalhadores participaram da assembleia.

A continuidade da greve é devido a ausência de uma proposta de política salarial que reduza as perdas salariais dos trabalhadores. Já passado a metade do mês de novembro e mesmo com o movimento paredista, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) não aceitou antecipar a data de anúncio do índice, deixando marcada uma reunião de negociação para o dia 22/11.

No ofício enviado ao Sind-REDE/BH, o prefeito Alexandre Kalil se comprometeu a retirar o Projeto de Lei que altera o estatuto do Servidor da Câmara e não representá-lo até o fim de seu mandato, no final de 2020. O prefeito também se comprometeu a revogar o decreto 17.200/19 e apresentar uma minuta sobre as progressões até o dia 20 de novembro, já garantindo alguns recuos: como a garantia de progressão, tanto para quem já está com cursos de pós-graduação em andamento, quanto para quem já concluiu os cursos, mas ainda não realizou a homologação. Na reunião do dia 22/11 também seria negociado a proposta para o texto final do novo decreto. Todavia, a Prefeitura condicionou as suas propostas ao fim imediato da greve.

A assembleia entendeu os recuos da Prefeitura em relação as mudanças no Estatuto e os ataques à Carreira dos trabalhadores em Educação como uma conquista importante. Mas, não aceitou a chantagem de encerrar a greve sem que o índice do salário base fosse apresentado.

Além disso, nestes sete dias de greve a secretaria de Educação, Ângela Dalven, publicou uma série de portarias e decretos bastante comprometedores para a organização dos trabalhadores em readaptação funcional, reduzindo o número de mecanógrafos e artífices nas escolas.

Após um amplo debate, a maioria dos trabalhadores decidiram pela continuidade da greve, recusando a chantagem da Prefeitura, que tenta negociar direitos em detrimento do salário dos servidores. “Queremos a revogação do Decreto e do PL, mas não podemos encerrar a greve sem uma proposta concreta de reajuste”, afirmou uma das trabalhadoras.

Calendário de greve

Após a votação da greve, os trabalhadores também deliberaram um calendário de mobilização para a próxima semana, confira:

  • Segunda (18/11) – Regionais de Greve, 08h e 14h
  • Terça (19/11) – Regionais de Greve, 08h e 14h
  • Terça (19/11) – Reunião do comando de greve, às 19h na sede do Sind-REDE/BH
  • Quarta (20/11) – Ato público na porta da Prefeitura, às 09h
  • Quinta (21/11) – Regionais de Greve, 08h e 14h
  • Sexta (22/11) – Vigília durante negociação do índice de reajuste, às 14h30, local a definir
  • Sexta (22/11) – Assembleia Geral, logo após a negociação – Local a definir

Ato Público

Após a assembleia os trabalhadores marcharam em ato da Escola Municipal Marconi até a Praça 7, onde fizeram o abraço simbólico da cidade, confira as fotos:

IMG_3312

IMG_3313

IMG_3317

IMG_3330

IMG_3337

IMG_3343

IMG_3363

IMG_3372

IMG_3380