Na semana passada os trabalhadores terceirizados das escolas públicas municipais de Belo Horizonte pela MGS foram surpreendidos pela demissão de alguns funcionários. O fato que gerou um enorme desconforto, pois sabia-se da existência de um acordo garantindo o emprego de todos até o ano de 2021. Embora não assinado pela empresa e nem pela PBH, esse acordo vinha sendo cumprido até então.
O Sind-REDE/BH, acionado por três funcionárias demitidas, buscou respostas junto à MGS e à SMED através de ofícios e telefonemas, mas não obteve resposta. A empresa não se pronunciou, alegando que iria dar maiores informações em uma reunião agendada para a última segunda-feira (dia 30/11) às 14h, de forma virtual. Nela foram discutidos o seguintes pontos:
Demissões ocorridas
Segundo a empresa, as demissões foram feitas com o intuito de readequar o quadro de funcionários e que tal prática ocorre rotineiramente na empresa em todas as frentes de trabalho. O presidente da MGS afirmou que o número total de trabalhadores demitidos foram exatos 37 e que dentre o número informado haviam 10 aposentadorias, 7 solicitações de PDV e, por fim, 20 demissões involuntárias. Ele ainda ressaltou que não houve critérios específicos para as demissões e que a readequação se deve à redução no valor da taxa de administração paga pela PBH, mas que não há interesse em novas demissões. Ele ainda se comprometeu a não realizar novas demissões antes de fevereiro e que irá convocar o Sindicato para reunião caso novas demissões venham a ocorrer.
Processo seletivo 2021
Questionados sobre a realização de um novo processo seletivo no ano de 2021, a empresa informou que ainda não foi marcado devido a suspensão na realização de concursos em decorrência da pandemia. Mas, assim que forem liberadas a realização de novas provas irá convocar o sindicato para discutir o novo processo seletivo.
Reuniões Mensais
Atualmente, as reuniões entre MGS e Sind-REDE/BH vem ocorrendo com um longo espaço de tempo, o que acarreta o acúmulo de assuntos a serem tratados nas reuniões. Houve por parte da MGS o compromisso de realizar reuniões mensais, facilitando assim a resolução das demandas disponibilizadas pela categoria.
Porteiros Temporários
Devido a falta no quadro de porteiros, a MGS informou que realizou a contratação de 146 porteiros que foram aprovados no processo seletivo, contudo, a empresa inteirou que o contrato temporário destes trabalhadores irá se encerrar em breve. A empresa afirmou que 50 dos 146 porteiros que foram convocados serão reaproveitados e que os demais teriam os contratos rescindidos e iram retornar para a fila de espera. É importante ressaltar que esses trabalhadores não faziam parte da migração das Caixas Escolares.
Retorno às Aulas
A MGS garantiu que quando for anunciado o retorno às aulas todos os funcionários passarão por treinamento de protocolo de segurança e que este já está sendo planejado e discutido pela empresa. Levantado a falta de EPI’s para os trabalhadores que estão em atividade nas escolas, a MGS garantiu que encaminharam para as escolas um número maior de máscaras para os trabalhadores e protetor solar para os porteiros.
Deslocamento dos Mecanógrafos
Diversos trabalhadores reclamaram sobre as longas distâncias que têm que percorrer para chegarem até seus locais de trabalho, muitos levam mais de duas horas. Diante disso, a empresa se comprometeu a reavaliar as distâncias que estão sendo percorridas para o trabalho e informou que o objetivo da empresa é fazer com que o trabalhador exerça suas funções o mais próximo possível de suas residências.
Campanha Salarial
Novamente a empresa nos apresentou índice zero de reajuste tendo como alegação a manutenção dos trabalhadores mesmo em tempos de pandemia. Diante da exaustão de discussão sobre o tema o Sind-REDE informou que levará para dissídio, caso a categoria assim decida na assembleia que será realizada na próxima quinta-feira (03/12), às 14h, na Praça da Estação.
Assembleia Geral dia 03/12, às 14h
Apesar do compromisso da MGS em não realizar novas demissões antes de se reunir com o sindicato no mês de fevereiro, as demissões irão ocorrer ano que vem e precisamos seguir mobilizados para garantir que seja concedido mais tempo de emprego aos trabalhadores que não passaram no processo seletivo.
Não podemos baixar a guarda e reforçamos o desafio para que Kalil e MGS garantam o emprego de todos os trabalhadores por mais tempo. Por isso, a participação na assembleia e ato na quinta é de extrema importância. Não podemos esperar as demissões em massa começarem de fato a acontecer para agir. Precisamos agir agora, somos uma categoria forte, barramos a demissão de mais de 8 mil trabalhadores uma vez e se nos unirmos novamente, podemos trazer a vitória para toda nossa categoria.
Para organizar da melhor forma nossa assembleia e luta em defesa do emprego, solicitamos que os colegas respondam a esse questionário disponível no botão abaixo:
Diretoria Colegiada do Sind-Rede/BH